quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sobre palmadas, gritos e limites

Eu já escrevi um post completo sobre esse assunto no meu antigo blog.

Mas, como o assunto agora voltou à tona por causa do projeto de lei que foi encaminhado ao Congresso na semana passada resolvi voltar a falar sobre o assunto.

Continuo sendo totalmente contra qualquer tipo de punição física mas queria falar aqui sobre pais e mães que recorrem ao grito na hora de disciplinar os filhos, já que não querem apelar para a palmada.

O problema não está no grito em si. Se a mãe gritar "Eu te amo" acho que é até bem bacana, né? Mas na hora da raiva, do descontrole, a gente acaba proferindo palavras que não gostaríamos de ouvir de ninguém, muito menos da nossa mãe. E aí, minutos depois da explosão de raiva, vem aquele sentimento ruim, um nó na garganta e uma vontade de chorar incontrolável. Exatamnte, CULPA.

Veja o que o psicológo espanhol Guillermo Ballenato, autor do livro Educar Sin Gritar (Educar Sem Gritar, ainda sem previsão de lançamento aqui no Brasil) fala sobre isso:
Os pais gritam por falta de paciência, pela sensação de impotência, pelo medo de perder a autoridade, porque eles sentem a distância psicológica apesar da proximidade física com a criança. Só que os gritos fazem com que percamos a autoridade. Se tivermos a razão, perdemos pela má educação. É um tipo de abuso que não deixa vestígios físicos visíveis. No entanto, danifica a autoestima da criança. E muitos pais acabam se sentindo culpados. Devemos acreditar que é possível educar sem gritos. Para fazer isso, temos de desenvolver nosso autocontrole. Não podemos ensinar as crianças a controlar suas emoções, se nós próprios não somos capazes disso.
fonte: Revista Crescer

O "tapa na cara" doeu aí? Aqui doeu!

Enfim, não tenho receita de bolo de como educar, tenho certeza que sempre posso melhorar e gostaria de ouvir o que vocês pensam sobre esse assunto. Para ajudar, recomendo fortemente os links abaixo:

  • Especial Palmada: Você bate no seu filho? Veja outras opções para impor limites
  • Gritar com os filhos pode ser prejudicial
  • Guillermo Ballenato: "Os gritos surgem da perda de autoridade"
  • E não se pode gritar?
  • Tapas, castigos e broncas: disciplina à moda antiga funciona?


    O que você acha disso tudo?
  • 4 comentários:

    Regiane disse...

    Olá Flavia!
    Você poderia colocar aqui no blog sugestões de lanche p/ mandar p/ a escol? Lembro de você ter comentado sobre isso há um tempo atrás.
    abçs

    Dayanny Franco disse...

    Amiga, como educar é difícil, e a cada matéria, ou novo estudo, não tem como não levar uns tapas msm! Afinal a gente msm tentando acertar, nem sempre acertamos. Tem dia que faço uma grande reflexão, onde estou errando? pq tem dias q simplesmente essas crianças insistem em não obedecer e/ou contrariar, ai já viu, rola o maior stresse. Ai pensamos, será que é apenas mais uma fase?
    E assim vamos continuando, entre erros e acertos e deixando sempre prevalecer o amor.
    Obrigada por sempre nos ajudar com artigos interessantes, isso nos mostra sua preocupação e carinho com seus leitores. Que Deus te abençoe Querida.

    Flávia Bergqvist Teixeira disse...

    Essa história de que não pode bater, gritar, chacoalhar, etc e talz, tem me deixado muuuuito pensativa. Como educar?
    A palmada eu felizmente consegui tirar da minha vida com as minhas filhas. Mas os gritos... Bem, digamos que levei tapa na cara sim.
    O que tem funcionado melhor é me abaixar, olhar nos olhos dela, falar sério e baixo (bem perto do rosto dela), explicando o porque das coisas.
    Num é brincadeira não esse negócio de "educar".
    Bjks!

    Anônimo disse...

    É oneroso para encontrar pessoas educadas sobre este tema, no entanto, você parece que você percebe que você está falando! Graças