A Cabeça do Santo é fascinante. Como a cabeça de Socorro Acioli. Conhecer as aventuras de Samuel, o protagonista do romance, foi uma de minhas melhores experiências literárias recentes.
As vozes na cabeça do santo me rementem às vozes na cabeça de Socorro. E me fazem imaginar seu processo criativo ao dar corpo a cada voz, moldar-lhes as personalidades e construir uma trama brilhante que juntou tudo na cidadezinha de Candeia.
Há no texto de A cabeça do Santo o que eu chamaria, porque me falta no momento uma expressão melhor e mais precisa, de Regionalismo afetivo. Trata-se de uma valorização das coisas de nossa terra, que, em Socorro não se restringe às palavras, está nas sandálias de Mestre Expedito Seleiro que ela calça, em seus vestidos bordados à mão.
É esse colorido dela – e tão nosso – que se apresenta na literatura que produz e nos encanta. A cor local a realçar o texto universal. Talvez por isso as vozes dentro da cabeça do santo e de Socorro já são escutadas em inglês, francês e, logo, quem sabe em quantas mais. Em breve, lerei a Bailarina.
O Bailarina ao qual ela se refere é outro livro da Socorro mais voltado para o público juvenil. Eu tenho uma cópia autrografada pois estive no lançamento aqui no RJ mas ainda não li. Está na minha cabeçeira, é o livro da vez! Em breve volto aqui para contar.
Você pode comprar o Cabeça de Santo aqui.
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